INSTANTE
da eternidade que se espera,
dos anos que correm aflitos,
a memória escondida
rejeita as cores;
do momento que se esvai,
do instante que se perde,
a memória fatalista
exagera amores;
e as flores que renascem
em cada primavera
instigam aquele obscuro
e severo desejo de espera
e as dores que caem
dos olhos da fera
alteram em nada
a rota da terra.
Um comentário:
A idéia da finitude das coisas e da própria vida escorre pelos versos desse poema. Excelente produção, meu caro.
Renato Giovani Pereira.
www.multitexto.blogspot.com
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