a fúria começa por dentro da ordem,
corroendo a história e a cadeia;
cada movimento vem disposto,
corte ao acaso dos motivos.
o passo que se faz veloz
subitamente presta ao martírio
a sombra benemérita
dos algozes pútrefos;
e mais um verso de exílio
impõe um sorriso à boca
(desdentada em sonhos)
do poeta esquecido,
e mais uma golfada de vômito
espalha o aroma dos restos
ingeridos pela cidade afoita
na proximidade dos festejos.
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