sempre moveu horizontes e verticais
e prevendo o futuro
fingia abrir a boca e nada mais;
de tudo o que parecia ser verdade
a única coisa que realmente importava
era a sua pseudo sanidade.
a miséria na sua cabeça,
todo mundo dizendo “esqueça!”,
as flores nascendo numa primavera de morte
e embrulhadas em jornais velhos
com notícias pesadas e arquitetadas
por gente super do clube do dinheiro...
e os carros agora passam por cima
daquilo que parecia ser o seu corpo...
decomposição adiantada pela angústia
de estar sozinho na beira do penhasco,
olhando pra baixo e vendo o grande imã,
a pedra pontuda, em direção indefinida.
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